terça-feira, setembro 20, 2005

LEMBRANÇA DE UM ADEUS

Ainda paira no meu peito a amargura
daquela tarde de triste entardecer,
quando rumaste para mundo de aventura,
deixando-me mergulhado em dor e sofrer.

Caía a noite em escuridão serena
no cais da estação onde me despedia,
sobre mim poisava a dolorosa pena
e revestia de luto um coração que sofria.

As horas passei olhando o escuro
onde apenas cintilavam as estrelas,
sofredor lembrava os sonhos do futuro
que me enchiam de ilusões puras e belas.

Se o céu perdoa as falsas juras de amor
envelhecidas pelo tempo e passar dos anos,
que a nostalgia que minh’alma encheu de dor
esqueça a lembrança de todos os desenganos.



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In Rotas da Vida

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