Adeus brisas da minha terra perfumadas de urzes e alecrim que pelos contrafortes da serra odorizam montes sem fim. Adeus ribeira de água pura onde se miram os salgueirais cheios de melodias de ternura e cânticos alegres de pardais. Adeus belos moinhos da ponte dos tempos do meu passado em que no jorrar da velha fonte bebia o amante apaixonado. Adeus ermida e Monte Carmelo onde a Senhora do Carmo mora, quanto amor puro e singelo casado com preces de outrora. Adeus sonhos da minha infância que os meus dias alegravam, quantas ilusões de criança nas fantasias que me encantavam. ________ In Rotas da Vida |
quarta-feira, março 23, 2005
ADEUS PASSADO
terça-feira, março 22, 2005
CORAÇÃO ABERTO
No meu peito moram cravos que não cessam de chorar, tintos de sangue e escravos, cansados do longo caminhar. Na minha garganta já sem voz soluça o pão da loucura, sem asas agoniza a sós os espinhos da amargura. Nos meus olhos chora a dor da crua mágoa silenciosa, fonte duma paixão sem amor, pranto de de vida horrorosa. Os meus braços vou abrir cheios de papoilas e pão, semeando sonhos e sorrir em seara de alegria e emoção. |
segunda-feira, março 21, 2005
AMOR SEM ABRIGO
Apaga meu ardor com beijos e enche minh'alma de ternura, acende em mim loucos desejos que me afoguem em mar de ventura. Deixa que teu corpo de encanto se albergue na minha imaginação e me cubra com sagrado manto, tecido d'eterna e louca paixão. Embala-me no teu colo de menina com sentidas e fortes emoções, acolhe-me na tua alma pequenina e abriga meus segredos e emoções. Estende para mim teus braços e recebe em tuas mãos meu amor que sem morada e em pedaços vive em mar de lágrimas e dor. |
domingo, março 13, 2005
PENSO EM TI
Penso em ti quando enamorada navegavas num mundo de ilusão, teus olhos meigos na face rosada eram liras dedilhadas com emoção. Amar teus olhos como escravo e beijar tua boca colorida, secar tuas lágrimas com afago era o maior sinho da minha vida. Meu amor era um rio em caudal, era o pão na mesa do apaixonado e o fruto amargo e desejado... Era a dor que abraçava divinal, o fel que me queimava como lume e me enchia a alma de azedume. José Rafael |
CAMINHO PERCORRIDO
Houve flores pelos caminhos
que alegraram o viver,
houve tristeza e espinhos
misturados com dor e sofrer.
Houve promessas não vividas
em estranhas palavras loucas,
houve lágrimas enternecidas
no reviver de coisas poucas.
Houve desejos inocentes
que se perderam sem glória,
houve paixões ardentes
que morreram sem história.
Houve surpresas e desenganos
num caminhar de águas mansas,
houve sofrimentos desumanos
confortados com breves esperanças.
José Rafael
que alegraram o viver,
houve tristeza e espinhos
misturados com dor e sofrer.
Houve promessas não vividas
em estranhas palavras loucas,
houve lágrimas enternecidas
no reviver de coisas poucas.
Houve desejos inocentes
que se perderam sem glória,
houve paixões ardentes
que morreram sem história.
Houve surpresas e desenganos
num caminhar de águas mansas,
houve sofrimentos desumanos
confortados com breves esperanças.
José Rafael
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