Sinfonia de labaredas lambe os altos pinheiros e engole o brilho esmeraldino, transformando-o em braseiros. No negrume das serras arde o corpo e a alma num altar de cinzas deixadas pelas chamas, onde o vento sussurra por entre nus penedos. Soluça o pinhal requiems com brados cheios de dor, cai nas chamas a vida e afunda nos escombros consumida pelo horror. Secam nas serras as fontes que alimentavam ribeiros, morre a floresta queimada no fogo ardente perdida em dias de angústia e cinza pelos valados e outeiros. José Rafael |
Sem comentários:
Enviar um comentário